quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sim, eu quero!

 
Qualquer pessoa que fosse questionada se salvaria a vida de alguém, caso pudesse, responderia que sim. Mas vamos sair do campo das hipóteses... eu te pergunto de uma forma clara e direta: tu queres te colocar à disposição para salvar a vida de uma pessoa? 
 
De tempos em tempos ficamos sabendo de alguma campanha ou de alguém que tem leucemia e precisa encontrar um doador de medula óssea compatível. Eu sempre me sensibilizo com a situação, penso em como seria se alguém da minha família descobrisse a doença; que angústia deve tomar conta desta pessoa, da sua família e amigos. Como deve ser difícil encarar o tratamento, sabendo que nenhum esforço ou dinheiro trará a cura se não houver um transplante; que misto de esperança e de medo toma conta das suas vidas enquanto esperam.  

 
Já ouvi pessoas dizerem que se acontecesse com seu filho, irmão ou pais, é claro que doaria! Mas ajudar a quem conhecemos e amamos é fácil, a maioria das pessoas o faria! Mas quantos se colocam a disposição para doar para qualquer pessoa que precise? 

 
No final do ano passado vi alguns cartazes de uma moça que estava com leucemia e pedia ajuda; fiquei sensibilizada, rezei por ela, mas não fui me cadastrar como voluntária... Depois soube que ela havia falecido e me senti mal. Atualmente, a chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma para cem mil; é claro que a probabilidade de ser justamente eu a pessoa que seria compatível com ela era pequena, mas e se fosse? 

 
Na semana passada recebi um email onde uma pessoa da minha empresa falava de um amigo que descobriu recentemente a doença, passando as informações necessárias e pedindo que o maior número de pessoas fizesse o cadastro. Ao ler este email eu pensei em falar sobre o tema aqui no blog e mostrar para as pessoas a importância de cada vez mais pessoas serem possíveis doadoras, para que todos que precisam tenham suas chances aumentadas. Já pensou se todos os brasileiros entre 18 e 55 anos fossem cadastrados como voluntários, o quanto facilitaria o encontro de alguém compatível? E se pelo menos todas as pessoas que já são doadores de sangue, regulares ou eventuais, também fizessem parte do cadastro de doadores de medula óssea o quando a dificuldade já seria menor? 

 
Para fazer parte do cadastro de voluntários basta procurar um Hemocentro, doar 5ml de sangue para testes e preencher um formulário. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado e se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação. Dá para imaginar a felicidade da família ao ser informada que foi localizado um doador compatível? E como se sentirá abençoada e gratificada a pessoa que terá a chance de salvar uma vida?

Faz 5 dias que recebi este email e senti vontade de escrever sobre esta causa tão justa, mas só hoje estou publicando este texto. Eu seria muito hipócrita se argumentasse sobre a importância da doação se eu mesma não fosse voluntária. Eu precisei de um tempo para tomar a minha decisão e estar pronta para responder aquela pergunta inicial: tu queres te colocar à disposição para salvar a vida de uma pessoa? Agora eu tenho certeza e repondo: sim, eu quero. 

 
Está decidido: amanhã cedo vou ao hemocentro coletar sangue e fazer meu cadastro. 


        Mais informações no site: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=64 


PS: Fui no Hemocentro e já fiz meu cadastro: já sou uma voluntária! (23/02)

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