terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Teoria do Otimismo

Eu tenho uma amiga bonita, inteligente, engraçada, mas muito pessimista.

Antes mesmo de fazer as provas, ela já diz que vai rodar (e até agora sempre foi aprovada!)

Eu sou o oposto; sempre penso na possibilidade mais agradável, sempre acho que tudo vai dar certo.

Um dia eu disse que ela não podia ser tão pessimista e ela ainda defendeu a sua teoria: “eu já saio esperando pelo pior: se acontecer alguma coisa boa, vou ter uma surpresa agradável, mas se der tudo errado, eu não vou me decepcionar!”

Eu poderia falar pra ela da Lei da Atração, que diz que a gente atrai o que a gente pensa, mas vou optar por uma teoria minha mesmo: simples, prática e lógica:

Veja bem:

- se a pessoa pensa que algo vai dar errado e depois dá certo: sofreu à toa, pensando em uma coisa negativa que nem ia acontecer.

- se pensa que algo vai dar errado e a previsão se confirma: perdeu a chance de pelo menos passar um tempo bem, e começou a sofrer antes da hora.

- se pensa que vai dar certo e dá errado: aproveitou um tempo feliz e estava mais forte quando teve uma decepção (portanto vai enfrentar melhor o problema).

- se pensa que vai dar certo e o resultado é positivo: já começou a ser feliz antes mesmo de ter um motivo real pra comemorar. Perfeito: só alegria!

Então: não está claro que é melhor pensar de forma positiva?

Prever coisas negativas antes de acontecerem é sofrer por antecipação e muitas vezes sofrer sem necessidade. E pra quê? Sofrer, só em último caso, quando tiver um motivo real! Fora isto, a gente tem que passar o máximo de tempo bem (pro nosso próprio bem!)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Gente sem noção – O médico diferente

 
É interessante como algumas características são tão comuns entre determinados profissionais que já imaginamos que todos são mais ou menos iguais. Todos os médicos que eu já tinha consultado eram tranqüilos, falavam baixo e devagar e faziam várias perguntas antes de expressar qualquer tipo de opinião. Surpresa: nem todos são assim!

Ontem fui consultar um traumatologista. Meu objetivo era simples: só queria uma requisição para uma ressonância para descobrir exatamente o que me causa tanta dor nas costas e assim poder buscar o tratamento mais eficaz.

Quando cheguei ao consultório cada frase que o médico falava (do jeito que falava) era uma surpresa. O cara falava muito rápido e alto e ia deduzindo coisas que eu não tinha dito.
Eu sentia como se ele estivesse me criticando por alguma coisa que eu não tinha feito; eu ficava esperando ele parar um pouco de falar pra dar as informações que ele não estava me pedindo. Foi mais ou menos assim:

- Ele: O que te traz aqui? Andou caindo, se machucando...?
- Eu: Não, não me machuquei, mas tenho uma dor na lombar que já dura uns 9 meses.

E aí começa a conversa estranha:

- Ele: pois é, mas sem exames eu não posso saber o motivo da tua dor (eu não tinha dito que não queria fazer exames!). Mostra aí onde dói. Eu levantei e mostrei o meio das costas, na altura da cintura.
Ele perguntou se a dor se estendia para as pernas e eu disse que não, que ela ficava só naquele ponto e principalmente quando eu ficava em pé e/ou caminhava.
- Ele: é como eu te disse, tem que fazer pelo menos um raio X!
- Eu: há uns dois meses eu fui num atendimento traumatológico de urgência e fiz várias radiografias.
- Ele animado: E trouxe os exames?
- Eu: Não, o médico não me entregou.
- Ele (com cara de quem ia me mandar embora imediatamente e só voltar com os exames): Então como é que eu vou adivinhar o que apareceu na radiografia?
- Eu (pacientemente como quem fala com uma criança pequena ou um adulto sem noção): O médico me mostrou os exames e me explicou que os espaços entre as minhas últimas vértebras estavam menores do que os espaços entre as outras.
- Ele (como se tivesse feito uma grande descoberta): Ah ta! Então é desgaste! Se os espaços estão menores é desgaste!
- Eu (pensando que ele tava me chamando de velha): Só desgaste? Não pode ser alguma outra coisa?
- Ele (me interrompendo): O que ele mandou tu fazer?
- Eu: Ele disse pra eu fazer 30 sessões de fisioterapia e se não resolvesse era pra eu voltar pra fazer outros exames. Mas não seria melhor já ter feito outros exames? Eu não cheguei a fazer fisioterapia...
- Ele (encerrando a questão): Não! Se o raio x mostrou que é desgaste qualquer exame vai mostrar a mesma coisa! E não vai curar se tu não fizer nada... e não adianta só se encher de remédio (como se eu tivesse pedindo receita de medicamento)
- Eu, interrompendo a frase dele, calmamente: eu evito ao máximo tomar remédios. E não fiz fisioterapia mas fiz 8 sessões de acupuntura. Até sentia um certo alívio no dia seguinte mas depois voltava a dor. Eu achei melhor parar um pouco, fazer outro exame e ter uma orientação de qual o melhor tratamento.
- Ele: Mas 8 sessões é muito pouco! Tem muito tratamento bom! Eu gosto de Pilates, fisioterapia tradicional, acupuntura, hidroginástica... Mas nada vai resolver em 8 sessões! E cirurgia pra colocação de placas e pinos de metal é só em último caso! (como se eu tivesse pedindo pra ele me operar!)
- Eu: Não, mas eu não quero nem pensar em cirurgia! Eu posso fazer qualquer destes tratamentos, mas eu pensei que seria melhor eu ter um exame pra levar para o fisioterapeuta poder indicar o melhor tratamento para o meu caso.
- Ele: Ah, mas tu vai levar o exame! (começou a rabiscar num formulário com uma letra que eu não entendia; pelo menos na letra ele era igual à maioria dos médicos!). Este exame é o melhor que existe: a ressonância magnética. Ainda não inventaram nenhum exame mais completo e nem sei se vão inventar.
- Eu só ri pensando: ele não sabe que a medicina ta sempre evoluindo? Com certeza ainda vão inventar exames ainda melhores, mas nem quis puxar mais nenhum assunto...

Levantei e fui pra porta rapidamente, tendo em mãos aquilo que eu fui buscar: a requisição do exame. Mas precisava ter me torturado tanto?

Parecia que era uma daquelas pegadinhas que alguém nada a ver assume a posição de um profissional e vai dizendo absurdos pra testar a reação das pessoas. O pior é que não era pegadinha!
Eu saí rindo sozinha, lembrando que sempre que alguém me diz: “eu morro e não vejo tudo” eu respondo: “eu morro e não vejo nem metade!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Maravilhas do corpo humano



Esta semana em uma churrascaria, depois de uma refeição maravilhosa, o meu colega suspirou e disse: “eu só lamento por ter apenas um estômago; se tivesse dois comeria mais!”.
Eu fico pensando na maravilha que é o corpo humano. Tudo bem que se tivéssemos dois estômagos prolongaríamos por mais tempo o prazer de comer, mas provavelmente isto não seria bom pra nossa saúde e nem pra nossa aparência. Talvez seja melhor assim.

E tem várias outras coisas no nosso corpo que são perfeitas: já pensou se as mãos fossem nas pernas e os pés fossem nos braços? Provavelmente até conseguiríamos andar (afinal os pés dos macacos parecem muito com mãos), mas como seriam os nossos sapatos? Imagina uma sandália de festa, de salto alto, com aqueles dedos enormes? E como a gente iria segurar os talheres, cozinhar ou fazer a maquiagem com os pés? (já vi casos de pessoas que conseguem, mas deve ser muito difícil).

Mas já que temos dois pulmões e dois rins, talvez fosse bom termos dois corações, afinal é um órgão pra lá de vital. O segundo podia ficar de reserva: caso um ficasse doente seria desativado e o outro assumiria a função e poderíamos até doar um deles em vida se alguém perdesse os seus dois.

E como é incrível o fato das digitais e DNA serem únicos, apesar da população mundial não parar de aumentar.

Também é legal termos uma orelha de cada lado da cabeça, porque facilita e amplia a nossa capacidade de audição; mas porque será que os dois olhos ficam lado a lado? Não seria melhor um na frente e outro atrás da cabeça? Talvez a pessoa ficasse meio confusa com tantas imagens, mas a gente ia poder andar de frente e de costas!

Outra coisa legal é o comprimento dos braços! Tu já te deu conta que os nossos braços alcançam perfeitamente até onde precisam alcançar? Não? Na próxima vez que tu fores ao banheiro, imagina como seria se os teus braços terminassem nos cotovelos.

O corpo humano é maravilhoso!


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O final de um ano e o início de outro


Desde os últimos dias de dezembro eu tenho pensado que gostaria de escrever alguma coisa sobre o final de 2011 e o início de 2012.

Não sabia o que dizer de diferente, entre tantas coisas legais que tanta gente tem escrito. 

Focar no ano que terminou? Botar na balança o que foi bom e o que não foi? Falar sobre o ano novo? Traçar metas? 

O mais comum na virada do ano é eleger desafios pessoais, prometer fazer coisas que já prometeu várias vezes e nunca cumpriu; conceder a si mesmo um ano inteiro de tempo pra começar a fazer (ou deixar de fazer) alguma coisa que já devia ter feito (ou deixado de fazer) há muito tempo. 

Desta vez não vou fazer isto!

2011 foi muito bom! Tive saúde, trabalho e a sorte de conviver em paz e com alegria com minha família e amigos. Nada de grave aconteceu com nenhum de nós; minha família se manteve unida, troquei de empresa e me mantive sempre trabalhando e gostando do que faço; fiz novos amigos, comecei o curso de inglês que eu adiava há alguns anos, fiz a minha primeira tatuagem, me cadastrei como doadora de medula óssea... não cheguei a fazer a viagem que eu queria, mas comecei uma poupança, o que me deixa muito mais perto de realizar este desejo. Aproveitei mais o meu tempo livre, saí mais, me diverti mais...

Pra que colocar várias situações numa balança, se é visível que tive muito mais situações positivas do que negativas?

Pra que criar promessas pra cumprir em 2012, se as coisas que eu preciso eu já comecei a fazer? Já procurei um médico e estou melhorando a qualidade da minha alimentação (e emagrecendo!); já estou experimentando tratamentos e procurando a solução pra minha dor nas costas; já estou cuidando mais de mim, em todos os sentidos!

Pedir alguma coisa à Deus? Só que me permita permanecer com o que eu já tenho! Só reforçar o que eu já peço à Ele diariamente: vida, saúde e proteção pra mim, pra minha filha e pra minha mãe. 

Com vida, saúde e família, eu sou forte pra trabalhar e ganhar o meu sustento; eu tenho disposição e motivação pra buscar crescimento pessoal, intelectual e espiritual; eu tenho vontade de melhorar sempre e de alguma forma contribuir pra que a vida das outras pessoas também seja um pouco melhor.

O que eu desejo pra todas as pessoas é isto: vida, saúde e proteção; que tenham força pra buscar o que lhes falta, sensibilidade pra querer o melhor pra todo mundo; que conduzam suas vidas com alegria, valorizando e agradecendo por tudo o que já possuem; que sejam solidárias e felizes.

Feliz 2012 pra todos nós!