terça-feira, 28 de maio de 2013

Palavras aposentadas





Um dia destes eu vi um homem no ônibus carregando uma sacola de supermercado dizer que ia deixá-la no “assoalho” para não molhar o banco. Esta palavra me soou estranha, acho que não tenho ouvido muito ultimamente. Na hora comecei a pensar em quantas palavras a gente deixou de usar com o passar do tempo. Lembrei do dia em que a minha filha me olhou com cara de interrogação quando a minha mãe comentou que tinha escutado uma “anedota” no rádio. 

Nos dias que se seguiram comecei anotar palavras e expressões que caíram em desuso e que se tu tiveres menos de 40 anos pode nunca ter escutado.

A lista de palavras “aposentadas” ficou tão longa que cheguei a classificar em grupos:

- roupas de algumas décadas atrás: japona, calça boca de sino, blusa de gola olímpica, camiseta de física, pantalona, maiô de duas peças, cacharel.

- verbos que ninguém conjuga mais: datilografar, mimeografar, rebobinar, paquerar. 

- expressões que ficaram no tempo: tirar retrato, coar café, raspar as pernas, ler fotonovela, ouvir LP, reunião dançante.

Fiquei com uma sensação boa por ter descoberto uma vantagem de ficar mais madura: o nosso vocabulário é muito extenso!

E para aqueles que ficaram com dúvidas, sugiro que ao invés de pesquisar as palavras no Google aproveitem para conversar com a mãe, tia ou avó: elas vão gostar de explicar o que as palavras significam e com certeza vão ter algumas histórias bem interessantes pra contar.


domingo, 12 de maio de 2013

Lentes Coloridas




Quando eu era criança todo mundo que eu conhecia tinha televisão preto e branco. Quando as primeiras TVs em cores começaram a ser vendidas em Porto Alegre o preço era muito alto; as famílias começaram a sonhar com sua primeira TV colorida mas poucos tinham dinheiro pra comprar. 

Num belo dia o meu pai chegou em casa com uma tela de plástico duro de acoplar à televisão preto e branco para que ela “se tornasse” colorida. Na verdade a tela só tinha 3 cores: a parte superior era azul, a parte de baixo era verde e o centro era cor de rosa. Até parecia adequado quando a cena era de um dia de sol, com céu azul e as pessoas passeavam em um lindo gramado, mas de qualquer jeito todo o resto era rosa: pessoas, animais, prédios... mas a gente gostava. 

A vida da gente parece que muda de cor de acordo com o momento que estamos vivendo. Quando estamos muito felizes parece que tudo fica mais colorido e mais bonito. Quanto estamos muito tristes a vida fica cinzenta, parecendo um dia frio e nublado. Mas e o resto do tempo? O que acontece quando a vida está simplesmente seguindo seu curso, sem termos motivo para estarmos extremamente tristes e nem explodindo de alegria? Às vezes tenho a impressão que nos dias comuns as pessoas se deixam levar pela rotina e começam a ver a vida em tons pastéis; parece que o normal é chato e sem graça. Mas não precisa ser; a gente pode fingir que usa lentes coloridas e ver a vida mais bonita! 

As más notícias dos jornais, as dificuldades do dia-a-dia, as contas para pagar, o cansaço, as preocupações... Tudo isto nos rodeia diariamente, mas as coisas boas também estão por aí, bastando a gente prestar mais atenção nas situações positivas. Eu vejo muitos gestos de bondade e gentileza de pessoas em todos os lugares. Quando alguém oferece seu lugar no ônibus mesmo quando não está sentado nos bancos especiais, quando um motorista avisa para outro que a porta do seu carro não está bem fechada, quando alguém dá algo de comer para um morador de rua... Sempre que eu vejo um gesto de bondade eu lembro de pessoas que generalizam dizendo que hoje todas as pessoas são egoístas e interesseiras. Não são não! Não todas. 

Eu conheço muitas pessoas que fazem coisas por pura solidariedade. Pessoas que trabalham como voluntárias em hospitais, que coletam alimentos para quem precisa, que recolhem cachorros machucados da rua, que cuidam dos netos, que dão o que podem pra quem tem menos, enfim, pessoas que tentam de alguma forma ajudar alguém. 

A vida não é cor de rosa o tempo todo, mas podemos tentar enxergar as cores possíveis. Não se trata de fechar os olhos para as coisas negativas, mas de focar no lado bom da vida e das pessoas, de sermos otimistas e levarmos mais cores para a vida dos outros.




domingo, 5 de maio de 2013

Me ajude a escolher o título do meu livro


Comecei a escrever crônicas e publicar no meu blog em outubro de 2010.
Agora que já tenho material suficiente, resolvi publicar um livro.
Estou organizando o material, escrevendo a abertura e encerramento, mas não tenho o título nem a capa.

Escolhi alguns títulos e estou precisando da ajuda de quem gosta do que eu escrevo e já conhece alguns dos meus textos.
Acho que o título deve representar a essência do que eu escrevo (que tem tudo a ver com o meu jeito de ver a vida): mostrar para as pessoas que a gente pode ver graça nas coisas do dia-a-dia e que pode focar nosso olhar para o lado bom da vida e das pessoas.

Deixe no comentário a sua sugestão:

Foco no Positivo (que é o título de uma das crônicas)
Lentes coloridas (que significa ver a vida com um olhar mais positivo)
Meu jeito Dê ver a vida (que faria relação com o nome do Blog)
Meu Jeito Dê Ser
Outro nome (aceito sugestões)


Conto com a ajuda de vocês.


Obrigada!