segunda-feira, 20 de junho de 2011

O PROCON do Amor


Hoje li a frase “no amor é impossível acionar o PROCON”.

Fiquei pensando: mas e se pudesse? Bem que podia existir o “PROCON” do Amor!

O objetivo do PROCON não é fazer justiça para as pessoas que se sentem prejudicadas numa relação de consumo, ou seja, onde alguém entrega alguma coisa em troca de algum produto ou serviço? 

O Amor não é exatamente um produto, mas nas relações pessoais cada um entrega alguma coisa de si e espera receber algo em troca. Não é uma troca fria e calculada, mas existe sim uma expectativa em relação ao que se quer receber.

A relação de amor não envolve dinheiro, mas existe algum bem mais valioso do que a entrega de si mesmo, de sua atenção e do seu carinho? É por isto que às vezes as pessoas se sentem “roubadas” quando descobrem que o outro, para quem estavam entregando o seu amor, não tem a menor vontade (ou condição) de corresponder à altura. É claro que às vezes se inicia um namoro e depois se conclui que não sente o mesmo que o outro; isto pode acontecer, mas aí o que se tem a fazer é dizer ao outro claramente que não sente o mesmo e se afastar. Mas tem gente que descobre que não vai corresponder às expectativas do outro mas não deixa isto claro só pra não ficar sozinho e continuar recebendo o carinho dado com tanta sinceridade enquanto procura ou espera encontrar outra pessoa. Que feio!

Quem passa por este tipo de relação enganosa não deveria ter a quem recorrer para buscar justiça? Imagina quanta gente seria autuada e chamada a dar explicações? E nem precisaria de muita verba pública pra criar esta entidade, pois com certeza haveriam muitos voluntários oferecendo sua contribuição.

Não sei exatamente como o PROCON do Amor deveria punir as pessoas consideradas culpadas... este tipo de prejuízo não pode ser quantificado e ressarcido com o pagamento de uma multa. 

Quem sabe a obrigatoriedade de freqüentar um curso onde teria aulas do tipo: “a importância de respeitar o sentimento dos outros”, “como ser leal e sincero com quem gosta de mim”... 

Talvez prestação de serviço comunitário em algum hospital ou clínica psiquiátrica, ajudando pessoas que entraram em depressão após terem sido iludidas e enganadas? 

Também poderiam ser obrigados a usar por algum tempo uma camiseta com dizeres do tipo: “não sei amar”, “não sei me entregar” ou “não crie expectativa pois não quero ficar com apenas uma pessoa”...

Acho que o PROCON do Amor não vai ser criado, mas o importante é cada um aprender e sair mais forte de cada experiência.

Nada de se fechar pro amor nem achar que todas as pessoas são iguais... não é porque algumas pessoas não sabem amar que se vai desistir do amor! 

E quanto à punição, deixa pra lá, vai ser feliz e deixa que a vida se encarrega...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Férias!




Estou de férias! Ô coisa boa!

Como é bom ter tempo disponível pra fazer o que tiver vontade, pra gastar as horas do dia do jeito que quiser!

A primeira coisa que a gente pensa quando pode tirar férias é em viajar! Eu sempre viajei nas minhas férias, mas desta vez, depois de analisar as minhas finanças, eu decidi ficar e aproveitar estes 20 dias aqui mesmo, na cidade!

Terça-feira, no início da tarde fui pro centro comprar um presente de aniversário pra minha mãe. Durante o trajeto do ônibus eu olhava para a rua e pensava: então é isto que as pessoas fazem enquanto eu estou sentada na frente de um computador! Fiquei olhando para as pessoas que podiam estar nas praças, ruas e lojas num dia de semana à tarde e pensei: é bom poder estar na rua, sentindo o sol, em plena terça-feira. Se eu não estivesse de férias teria que ter feito compras depois das 18h, já cansada e louca pra ir pra casa, ou no final de semana anterior... Mas eu fiz isto na terça, à tarde, porque eu podia!

Na quarta, agendei de fazer as unhas às duas da tarde! Normalmente tenho que marcar para as 19h, mas nesta semana pude cuidar de mim, tranquilamente, às duas da tarde! À noite fomos a um restaurante, encontrar várias pessoas amigas pra comemorar o aniversário da minha mãe: apesar de ser no meio da semana, eu estava completamente relaxada; não tinha problema algum em ir dormir tarde, porque no dia seguinte não tinha que acordar cedo pra trabalhar.

Como é bom poder “brincar” de dona de casa e de mãe que não trabalha fora, passar mais tempo com a família, marcar grupo de estudos com os colegas do inglês, poder encontrar uma amiga, ler um livro, assistir filmes, escrever, ficar “de bobeira” na internet... acordar e dormir quando der vontade, sair na hora que quiser ou simplesmente não sair se não quiser...

Decidi que vou aproveitar este tempo pra fazer coisas que considero importantes mas vinha adiando por falta de tempo ou porque nos finais de semana, quando tinha tempo, estava tão cansada que não tinha vontade de fazer nada. Quero cuidar do meu bem estar físico, emocional, espiritual e cultural; já agendei um chek-up médico, tenho feito caminhadas, quero marcar uma massagem... Quero retomar o livro que comecei a escrever e estava parado, estudar, ir ao Centro Espírita, cuidar de mim!

O bom das férias é esta sensação de liberdade de escolha, de ser “dona” de todas as horas do meu dia.

É bom saber que o meu emprego está lá, que eu vou voltar a fazer o trabalho que eu gosto tanto, mas que agora, merecidamente, tenho um tempo só pra mim!

As férias vão acabar, mas eu espero que estes 20 dias de tempo livre e bem aproveitado me façam voltar ao trabalho revigorada e diferente. Não quero mais me cansar tanto no trabalho que depois não tenha vontade de fazer mais nada além de descansar; quero aproveitar melhor o meu tempo livre, fazer mais coisas que me façam bem e ser mais feliz...






domingo, 5 de junho de 2011

Meu nome é Alguém!



Final de semana, quase meio dia, e eu penso: alguém tem que fazer o almoço! Em seguida abro o freezer, vejo o que tem de carne, decido o cardápio e começo a preparar.
Início de mês, chego em casa do trabalho, abro a caixa de correspondências e encontro várias contas: luz, condomínio, cartão de crédito, supermercado (etc, etc...). O que vem na minha cabeça? As contas começaram a chegar: alguém vai ter que pagar!
Louça suja na pia? Alguém tem que lavar!
Cesto cheio de roupas sujas? Alguém tem que levar para a máquina de lavar!
Dia de coleta de lixo? Alguém tem que recolher o lixo e levar pra lixeira!
Cheguei a esta conclusão: meu nome deve ser alguém, porque depois de cada vez que eu penso que “alguém” precisa fazer alguma coisa sou eu mesma que acabo fazendo!
Tá bom, não quero ser injusta: de vez em quando tenho ajuda com a louça, mas na maioria das vezes o sentimento que fica é: “tudo eu”, “tudo eu”.
Será que existe algum ser humano adulto que nunca se sentiu sobrecarregado e nunca disse: “tudo eu”? Acho difícil!
É claro que o serviço doméstico pode ser terceirizado, mas para isto precisaria  destinar uma parte do salário para contratar outro “alguém” que faria o trabalho profissionalmente, mas no momento já tenho várias contas que brigam entre si e não deixam sobrar muita coisa...
Opções? Ter um bom aumento de salário (pouco provável), organizar as finanças diminuindo outros gastos (já estou providenciando), conseguir mão-de-obra voluntária (alguém se habilita?). 

É, o jeito é assumir as tarefas que “alguém” tem que fazer, pagar as contas que “alguém” tem que pagar e ir levando... Mas sempre com bom humor!