sábado, 26 de janeiro de 2013

A história de um homem inocente




Vou contar uma história que não presenciei, mas quando um amigo contou eu pude “ver” tudo com riqueza de detalhes. Esta cena foi vista de dentro de uma carro, parado no estacionamento de um shopping center.

Uma mulher jovem e linda, com aparência de garota de programa, está parada consultando o relógio e olhando em todas as direções, como se esperasse alguém que já estava atrasado.

Uma senhora idosa e um pouco obesa empurrando um carrinho de supermercado pára ao lado da bonitona e também fica olhando para os lados, procurando alguém.

Não muito longe delas, dentro de um carro, um senhor idoso buzinava e acenava, olhando na direção das duas.

Ao perceber, a mocinha olha para os lados, olha para ele, e com uma expressão entre surpresa e decepção (não se sabe se pela aparência do homem ou do carro) caminha em sua direção. Assim que ela senta ao lado do motorista, a batida da porta do carro chama a atenção da velha, que começa a caminhar naquela direção soltando faíscas de ódio pelos olhos.

Dentro do carro o homem completamente constrangido fala com a moça, como se tivesse explicando que não estava chamando ela e sim à esposa; ela desce do carro voltando a olhar para o relógio, talvez com medo de ter perdido o encontro com algum “cliente” desconhecido.

A gorda indignada entra no carro e o marido começa a falar e a gesticular como se estivesse se defendendo; parecia estar dizendo algo como: eu nunca vi esta moça, eu não convidei ela pra entrar no carro! Eu estava te esperando e de repente ela entrou... deve ter me confundindo com outra pessoa!

A esposa, um pouco mais calma, mas com uma expressão muito desconfiada, parecia que dizia: você quer que eu acredite que uma gostosona daquelas entra no teu carro por engano?

Pois é, no final das contas o pobre homem era totalmente inocente e a mulher foi julgando o coitado baseada em uma cena totalmente inusitada.

Será que a maioria das mulheres ia desconfiar do marido? E depois das explicações dele, quantas acreditariam totalmente?

Pelo que me conheço eu acho que eu era bem capaz de acreditar, mas acho que a maioria não... Será?


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