segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Suicídio




Sexta-feira passada, no início da tarde, uma notícia mexeu muito comigo. Uma moça de 34 anos pulou do 22º andar de um prédio no centro da cidade. 

Um suicídio é sempre muito triste. O que leva uma pessoa a decidir acabar com a sua vida? Que sofrimento tão grande e que absoluta falta de esperança leva alguém a não querer mais viver? Será que perdeu um ente querido? Descobriu uma doença incurável? Perdeu tudo que tinha? Será que foi um conjunto de problemas tão graves que ela não viu mais saída?

A única certeza é a de que nenhuma pessoa feliz decide se matar. 

Pra quem gostava desta pessoa a dor é muito grande. Independente de tudo que tenha acontecido antes, com certeza estas pessoas se perguntam se podiam ter dito ou feito mais alguma coisa pra que esta decisão não chegasse a ser tomada, mas a dor só piora ao pensar que agora não podem fazer mais nada.

Eu já tive um amigo que cometeu suicídio. A vida dele cruzou com o vício na adolescência e ele passou muitos anos lutando contra as drogas; perdeu a saúde e chegou a perder a liberdade mais de uma vez. De repente se levantava, procurava ajuda em grupos de reabilitação, conseguia ficar longos períodos “limpo”, mas sentia uma tristeza profunda ao ver o quanto desperdiçou a sua vida e muita culpa por ter feito a família e amigos sofrerem; o peso era difícil de carregar e períodos de força e esperança acabavam em recaídas e mais dor. Infelizmente chegou um momento em que ele desistiu da batalha. Que pena.

Algumas pessoas têm posições definidas sobre o assunto: alguns acham que precisa ter muita coragem para acabar com a própria vida; outros dizem que ao invés de enfrentar os problemas o suicida foge e procura a saída “mais fácil”.  Eu não consigo ter nenhuma destas certezas, apenas fico triste. 




Um comentário:

  1. Impossível sabermos o que realmente vai na alma de cada um. Concordo contigo , é muito triste!

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