Quarta-feira choveu muito no final da
tarde; praticamente uma tempestade! Cheguei em casa bem molhada, mas teria sido
pior sem a minha sombrinha, companheira de um ano. É difícil uma sombrinha durar
um ano, normalmente elas quebram ou são perdidas em alguns meses, mas a minha
durou. Eu cuidava bem dela, porque ela era especial pra mim, eu comprei em
Lucerna, na Suíça.
A sombrinha era comum, da mesma qualidade das sombrinhas do
Brasil; era vermelha e tinha o nome de várias cidades da Suíça escritas com
letras brancas. Os turistas chegam na Suíça e só pensam em comprar duas coisas:
relógios (que poucos podem comprar) e chocolates (que compram em grande
quantidade); quando estivemos lá, além de muito chocolate, quase todos do grupo
compraram sombrinhas, porque estava chovendo bastante.
Mas, voltando à narração da perda, na
quinta-feira não estava chovendo, mas mesmo assim decidi levar a sombrinha
comigo para o caso de chover de novo. Eu estava segurando na mesma mão as alças
da minha bolsa e a cordinha da sombrinha. Quando subi no ônibus lotado, fui
direto para a roleta; quando eu estava passando percebi que a sombrinha tinha
sumido! Na minha mão só restaram as alças da bolsa e a cordinha, presa naquela
pecinha de plástico de segurar. Olhei para o chão do ônibus mas não vi nada vermelho
(acho que ela caiu na rua, no momento em que eu subia no ônibus). Me senti meio
ridícula segurando aquela cordinha! Na hora lembrei daquele personagem
humorístico que caminhava pela rua puxando uma corda e falando com um cachorro
que não existia.
Eu fico pensando: por que eu não
carreguei a sombrinha dentro da bolsa? Bom agora é tarde, não adianta chorar
pela sombrinha perdida. Vão-se as sombrinhas, ficam as cordinhas.
Vão-se as sombrinhas, ficam as cordinhas e uma prosinha lírica gostosinha de ler. Legal, Denise. Escuta só, li sua entrevista no Divulga, tentei conhecer seu "Jeito dê ser", mas não teve jeito. O link não está abrindo, Denise. Desajeitado todo, tô aqui lhe dando os parabéns pelo ternura de seus textos (li três) e pelo ingresso na confraria dos malucos.
ResponderExcluirPorque escrever é gostosíssima maluquice, minha nobre. Falo por experiência própria. Quer a prova? Acesse www.pocilgadeouro.com
Mas vou logo avisando: minha prosa é bruta, caipira, destrambelhada.
Bola pra frente e uma abraço bem longo, posto estar partindo de outro Rio Grande. O do Norte.
Tião Carneiro
Denise! A sombrinha vermelha!!!!!! Tenho a minha novinha em folha ainda! Que pena! Agora terás que voltar lá para comprar outra! bjs
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