segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Zebras Natalinas


Não, eu não bebi. Não estou confundindo os bichos e achando que o trenó do Papai Noel é puxado por zebras: claro que não, aquelas são as renas. 

Zebra é como chamamos situações que não saem como gostaríamos. Este Natal foi cheio de situações deste tipo. 

Primeira zebra: o dia 24 foi cair justo num sábado! É claro que isto tem que acontecer de tempos em tempos, mas ninguém merece, né? Coisa mais sem graça!

Mas, de qualquer jeito, quando foi se aproximando dezembro, eu fui me enchendo de esperanças: eu tinha certeza que a empresa onde eu trabalho ia dar alguma folga! Pelo menos podia metade da equipe folgar na sexta, antevéspera do Natal, e a outra metade na sexta que antecede o Ano Novo! Muito simples! 

Segunda zebra: ninguém ganhou folga! Eu até já tinha reservado uma pousada na praia a partir de quinta: se em último caso eu não ganhasse folga a minha mãe e a minha filha podiam ir na quinta e eu iria na sexta à noite. Foi exatamente o que aconteceu: só pude ir pra praia na sexta, depois das 18h. 

Mas tudo bem! Ainda tinha o sábado e o domingo pra pegar uma cor, ficar sentada na areia olhando as ondas do mar, relaxando... que delícia!

Terceira zebra: a partir da noite de sexta a temperatura caiu uns 15 graus e choveu até domingo à tarde. A gente só conseguia sair para comer (de casaco) e acabávamos tendo que voltar pro apartamento. O mar eu só vi de longe, de dentro do restaurante onde almoçamos domingo! 

Eu não gosto de reclamar, mas tem hora que não dá pra evitar: pô São Pedro! Tinha que chover justo no Natal? A grande maioria das pessoas que estavam na praia no final de semana não estava de férias e só tinha aqueles dois dias pra pegar um solzinho! 

Custava deixar pra chover na segunda-feira? 

Sacanagem, né?


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Gente sem noção - A dorminhoca



Muita gente dorme no ônibus; normal, tem os que ficaram acordados até tarde estudando, trabalhando ou fazendo festa; os que passaram a noite em claro com o filho pequeno, uma dor de dente ou uma baita insônia... tudo bem aproveitar aquele tempo ocioso pra recuperar as energias. 

Passageiro dormir em ônibus é bem comum, mas eu já peguei algumas vezes um ônibus onde a cobradora também dorme. 

É muito desagradável, até irritante! Ela fica sentada naquela poltroninha alta, onde todo mundo pode vê-la cochilando: como é que ela não fica com vergonha? 

Quando algum passageiro se aproxima da roleta ela acorda e faz um tremendo esforço mas só consegue abrir os olhos até a metade, como se as pálpebras fossem uma cortina semi-aberta. 

Quando chega mais para o final do trajeto do ônibus, onde ela sabe que quase ninguém mais vai subir até o fim da linha, ela se ajeita na poltrona, recosta a cabeça e dorme descaradamente! 

Como é que ela não vê que é um absurdo dormir no horário e no local do trabalho? 

Que empresa pagaria um salário para que seu funcionário dormisse? 

E se ela contratasse alguém para fazer qualquer trabalho na sua casa e a pessoa simplesmente dormisse? Ela ia achar normal?

Cada vez que eu pego o ônibus desta cobradora eu penso: a não, é o ônibus da cobradora dorminhoca!

Menos mal que ela é cobradora, já pensou se fosse motorista?


sábado, 12 de novembro de 2011

Tatuagens emocionais


Existem sentimentos que são tão intensos e duradouros que são como tatuagens emocionais.
 
O amor por nossos filhos está gravado tão profundamente em nós que nada é capaz de apagar; a saudade de um pai ou irmão já falecidos vão nos acompanhar pela vida inteira; a lembrança de um grande amigo ou alguém que amamos muito resiste ao tempo e à distância. 

Existem pessoas e lembranças que ficam como cicatrizes no nosso coração: só que não são cicatrizes de ferimentos e sim lindas marcas de sentimentos felizes e verdadeiros.

Assim como as tatuagens, podemos não “olhar” para estes sentimentos todos os dias, mas sabemos que eles existem e fazem parte de nós. 

As tatuagens feitas na pele e as tatuagens emocionais se perpetuam em nós, a diferença é que umas são percebidas por todos e outras são invisíveis aos olhos. 

As pessoas podem ver e avaliar desenhos na pele, mas ninguém sabe o tamanho nem a beleza de uma marca emocional; tatuagens na pele já podem ser retiradas a laser, mas certos registros em nossos corações ninguém consegue apagar (nem nós!).

Neste mês fiz minha primeira tatuagem! A minha filha me disse que iria fazer uma tatuagem em minha homenagem com as palavras “Tutto per me”.  Fiquei tão feliz que decidi retribuir a declaração de amor dela e fazer uma tatuagem igual, já que ela realmente é (sempre foi) tudo pra mim.

Agora, o sentimento mais presente no meu coração e na minha lembrança foi materializado e pode ser visto por qualquer pessoa. Os outros continuam guardados, só pra mim...